De vez em quando
assumo a minha condição de toupeira.
Quando acho que o
frio é demais, quando as estrelas se conjugam para que eu me desloque de carro,
vou de garagem a garagem e imagino, mais do que sinto, os poucos graus
atmosféricos.
Resolvi ser racional:
para que preciso eu de casaco nestas condições? E foi só porque "o seguro
morreu de velho" que decidi vestir um casaco, leve para a época, mas ainda
assim casaco. Prescindi, contudo, das luvas e do gorro.
E paguei! Em
calorias presumo, que se consumiram aos montes para me manter numa temperatura
aceitável (ainda que eu tivesse achado que estava a pontos de congelar!).
Uma bomba! Melhor
dito, uma ameaça de bomba, que daí não passou.
Edifícios
evacuados, polícia enervada, ruas barradas, e nós por aí, o que se passa? O que
fazemos?
Acabei por me
refugiar num café, para ver se aquecia.
Tudo acabou bem.
Hoje tenho um
casaco como deve ser. Aprendi a lição.